Por motivos profissionais, já tive a oportunidade de estar mais de uma vez na Espanha. E, em duas dessas ocasiões, presenciei títulos mundiais de clubes de lá [era futsal, mas a ideia é a mesma]. A paixão dos espanhóis pelo esporte bretão é algo. Se são mais comportados nas arquibancadas, eles vibram como brasileiros ou argentinos nas conquistas.
‘Campeones, campeones, olé, olé, olá’, é o que gritam.
Hoje eu estou com um pouco de inveja da festa que devem estar fazendo os espanhóis. Ser campeão do mundo é mágico, claro, mas ser campeão do mundo pela primeira vez é uma emoção inenarrável.
Na decisão da Copa do Mundo da África do Sul, a Espanha esteve longe de ser brilhante e esteve longe de ser apontada como favorita, mas foi quem mais se aproximou do gol do título. Claro que os dois gols perdidos por Robben poderiam ter mudado a história do jogo, mas os dois desperdiçados por Sérgio Ramos, os dois desperdiçados por Iniesta, e as duas boas chances desperdiçadas pelo artilheiro David Villa credenciaram a Espanha. Porque se a máxima diz que quem não faz leva, não se pode esquecer que quem mais cria tem mais chances.
E, na prorrogação, praticamente só a Espanha criou.
Fábregas perdeu no início, mas Iniesta aproveitou no fim.
Com um chute forte e mortal em diagonal, La Roja é campeã do mundo.
Mas isso o Polvo Profeta já sabia.